quinta-feira, 12 de março de 2015

Manifestações têm objetivos nebulosos

A CUT diz que seu ato tem como meta "deixar claro que quem quiser implementar uma pauta conservadora, que espere 2018 e tente vencer as eleições". Diz também que visa "reiterar a necessidade de derrubar as medidas provisórias 664 e 665 que restringem direitos trabalhistas". Ou seja, é uma manifestação pró-Dilma, mas, ao mesmo tempo, pretende ser contra a pauta conservadora que ela está implementando neste exato momento.

Antes de convocar o povo para a rua, não seria melhor decidir se o mais importante é marchar como soldadinho de Dilma ou lutar, a sério, para que ela não continue a desgraçar o país com a velha pauta neoliberal?

Já os promotores do dia 15 querem um ato contra Dilma, inclusive pelo seu impeachment. Mas para colocar o que no lugar? Alguém, não do PT, mas do PSDB, que encaminhe a mesma pauta com que Dilma-Levy estão se lambuzando. Eles não dizem, porque não lhes convêm admitir, mas deixam o rabo de fora quando só falam, aliás por pura inveja, na "corrupção do PT". E os juros? E o arrocho? E o investimento público? E as privatizações? E a desnacionalização? E o massacre da indústria?

Portanto, amigos, alerta! Desses matos não vai sair nenhum coelho.

O objetivo da luta, no momento, é erguer um grande movimento de resistência à pauta de medidas antinacionais e antipopulares do governo. É preciso vacinar o povo contra os "ajustadores" – assumidos e embuçados -, para que, quando Dilma sair, em 2018 ou antes, o Brasil não caia em outro estelionato eleitoral.

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