domingo, 23 de outubro de 2011

Vereador assume PPL em Peabiru

O vereador Cícero Souza da Silva, de Peabiru, é agora presidente do Partido Pátria Livre (PPL), no município. Ele deixou o PDT, grupo pelo qual foi eleito para se juntar ao novo partido recém fundado na cidade. Silva deverá disputar no próximo ano a reeleição a vereador pelo PPL. “O PDT é um filho que tenho amor por ele. Eu não queria ter saído. Mas não posso abraçar um grupo que entraram pessoas que não gosto.” Disse Cícero Souza da Silva (PPL), vereador em Peabiru, sobre sua saída do PDT.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

PPL pretende lançar chapa de vereadores e prefeito em 2012

Cascavel - Depois do PSD (Partido Social Democrático), o PPL (Partido da Pátria Livre) foi a 29ª legenda partidária do Brasil registrada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). A nova legenda também já está instituída em Cascavel, onde pretende montar uma chapa de vereadores e até lançar um candidato a prefeito no próximo ano. O PPL tem como presidente local da Executiva Provisória o policial federal Márcio Pacheco. A obtenção do registro às vésperas do prazo final para filiação com vistas às eleições 2012, segundo Pacheco, não será um obstáculo para que a sigla participe do pleito.

Com mais de 60 filiados, o PPL promete lançar candidatos a vereador e a prefeito. A origem do PPL nacional, cujos fundadores são dissidentes do PMDB e alguns ligados ao MR8, não se mistura com a formação local, segundo o presidente do partido.

“Temos pré-candidatos suficientes para montar chapa pura. O PPL em Cascavel é formado, basicamente, por líderes comunitários, de movimentos federais e de sindicatos”, exemplifica Pacheco, que é presidente da delegacia de Cascavel do Sinpef (Sindicato dos Policiais Federais do Paraná).

Os trabalhos de formação do PPL local foram iniciados há quatro meses e, conforme o presidente, vem com a proposta de “fazer a diferença” em meio a tantos partidos políticos. “Começamos do zero e um dos critérios para filiação em Cascavel é de que fossem pessoas que nunca foram eleitas”.

O foco do PPL, nesta semana, é cumprir o prazo para filiações. O presidente da sigla detalha que a partir de semana que vem serão iniciadas mobilizações para mostrar à população os ideais da agremiação.

Segundo Pacheco, o PPL também vai aderir à campanha pelos 200 mil eleitores em Cascavel. Compõem ainda a Executiva Provisória Ayres Oldoni, Itacir Dall’Agnol e Antonio Caccia.


Fonte: O Paraná

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

PPL: O mais novo partido brasileiro

Mais de 40 anos depois de ter sido criado para combater a ditadura, o Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8) funda seu partido político: o Partido Pátria Livre (PPL), cujo pedido de registro foi deferido nesta terça-feira pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) . Muitos dos membros do partido são dissidentes do PMDB, que começou a acolher militantes do MR-8 em suas bases já no início da década de 1970. A fundação do PPL, no entanto, não é produto de qualquer conflito do movimento com os políticos do maior partido do Brasil, mas sim da crise internacional, desencadeada em 2008. 

"Pelo que a gente conhece do Brasil, nosso país sempre conseguiu se desenvolver quando se abriram crises internacionais. Foi nessas fases que o projeto de nação possibilitou que o país se desenvolvesse. Hoje, com a profunda crise internacional do capitalismo, nós sentimos que é o momento de se abrir uma possibilidade de se desenvolver. Achamos que era necessário criar um partido que fosse mais definido nessa questão", afirmou o presidente regional do partido no Rio de Janeiro, Irapuan Santos, que entrou no MR-8 em 1977 e chegou a se candidatar a vereador pelo PMDB em 2008, naquela que foi sua primeira e única experiência nas urnas. 

O MR-8 vinha funcionando como um núcleo informal do PMDB desde a década de 1970. Irapuan, junto com outros colegas, saiu do partido há dois anos, quando começou a trabalhar na criação do PPL. Segundo ele, por mais que a maioria das pessoas filiadas ao partido venha do movimento, muitos tinham outras filiações, como o PSB, ou nunca tinham entrado na política partidária. 

O nome "Pátria Livre" vem da intenção do grupo de "libertar a nação dos interesses do capital financeiro internacional", que consideram ser o principal entrave para acabar com a miséria no Brasil. Para o PPL, a libertação começou com Tiradentes, morto por participar da Inconfidência Mineira em 1789, como diz o seu programa. Por mais que o MR-8 da década de 1960 fosse inspirado nos passos de Ernesto "Che" Guevara - que morreu no dia 8 de outubro de 1967, na Bolívia, dando nome ao grupo brasileiro - hoje, a idolatria ao argentino deu espaço a outro representante: o ex-presidente (e ditador) Getúlio Vargas. O programa do PPL traz também nomes como o de Juscelino Kubitschek e João Goulart.

"O Pátria Livre é um partido de linha nacionalista, inspirado principalmente na experiência de Getúlio Vargas", explica Irapuan.

No último congresso nacional do PPL, foram firmadas cinco prioridades nesse sentido: ampliar o mercado interno, criando mais emprego e aumentando o salário; reduzir os juros; incentivar empresas "genuinamente nacionais", tanto privadas quanto públicas, com recursos do Estado; desenvolver os setores de tecnologia de ponta; e lutar por educação e saúde gratuitas e de qualidade para todos. 

O partido critica principalmente a concentração de recursos públicos para o pagamento da dívida externa. No seu site oficial, a seguinte frase vem ao lado do nome do partido: "Os bancos receberam da União, em oito anos, R$ 1.858.679.200.827,38 (1 trilhão, 858 bilhões, 679 milhões, 200 mil, 827 reais e 38 centavos), sem incluir o refinanciamento da dívida (“rolagem”)".

Segundo Irapuan, o PPL ainda não tem candidatos certos para as eleições municipais de 2012. No Rio de Janeiro, o partido não deve concorrer à prefeitura da capital, mas sim tentar alianças com partidos de esquerda, como PT, PDT, PSB e o próprio PMDB. Em 2012, a legenda pretende apostar nas cidades de Duque de Caxias, Nilópolis, Campos, Macaé, Niterói, São Gonçalo, Volta Redonda, Resende, Friburgo, Teresópolis, Carmo e Sumidouro - e deve inclusive lançar candidatos a prefeito em alguns desses municípios. Contudo, se o partido ainda engatinha nas suas decisões políticas, a Juventude Pátria Livre (JPL) está a mil. Segundo Irapuan, a JPL já surge com dois dirigentes na União Nacional dos Estudantes (UNE), além de já estar na disputa pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFRJ, junto com outros partidos.

O PPL é o 29º partido do Brasil e sua criação foi criticada pelo presidente do TSE, ministro Ricardo Lewandowski, logo após o deferimento de seu registro. Para o jurista, a formação de um novo partido no sentido de que o Brasil está inovando na ciência política.

"Estamos indo além do pluripartidarismo, estamos ingressando no hiperpartidarismo. É uma novidade que criamos no Brasil", afirmou.

Irapuan aceita a crítica, mas acredita que o fato de o PPL ter colhido um milhão e 200 mil assinaturas significa que o país quer um novo partido. Ele ressalta que a lei permite novos partido e que, por mais que existam tantos, somente alguns vão se firmar e continuar existindo no futuro.

"O número de assinatura para nós desmistifica duas questões: a de que existem partidos demais e a de que as pessoas não querem saber da política. Se essas coisas fossem verdade, não teríamos colhido tantas assinaturas", opina.

Membro do antigo MR-8 e afastado do grupo há muitos anos, Fernando Gabeira, hoje no PV, não sabia da formação do novo partido.

"Soa como algo de outra galáxia", brincou o verde.

Da Agência O Globo

Registro do PPL é deferido

Em decisão unânime, os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na sessão do dia 4 de outubro de 2011, deferiram o pedido de registro do Partido Pátria Livre (PPL), que utilizará o número 54. A decisão foi proferida no julgamento do Registro de Partido Político (RPP) 142658, relatado pela ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha. O PPL é o 29º partido com registro no TSE e já possui o direito de participar das eleições municipais de 2012. Assista ao vídeo da sessão.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Um pouco da história do PPL, o novo MR-8

Frente a um auditório lotado, com ativistas provenientes de 19 Estados dos país, Sérgio Rubens de Araújo Torres, eleito presidente do Partido Pátria Livre (PPL), iniciou o ato de lançamento do novo partido brasileiro afirmando que “o que nós desejamos é compartilhar com todas as demais forças políticas e sociais que dão sustentação ao governo do presidente Lula as nossas idéias e propostas para que o Brasil ao invés de mergulhar no abismo da crise, abra as asas e alce vôo sobre ela. É nisso que se concentra o nosso programa. E ele pode ser resumido em quatro pontos básicos: Ampliar o mercado interno. Reduzir os juros. Concentrar os recursos do Estado para financiar a produção das empresas genuinamente nacionais – privadas e estatais. E dar prioridade a elas nas encomendas”.

O lançamento do partido se realizou no Auditório Elis Regina, no Anhembi, em São Paulo, no dia 21 de abril. Durante a primeira parte, os integrantes do Pátria Livre discutiram as propostas de programa e estatuto apresentados pela Comissão Organizadora, que, acrescida de outros integrantes do partido, passou a constituir a Comissão Nacional Provisória. Entre os que dirigirão o Pátria Livre, está Fernando Siqueira, presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobrás (Aepet) e destacado combatente da causa nacional.

O programa aprovado tem a dedicatória: “À memória de Cláudio Campos que nos ensinou a ver que a libertação do Brasil é a questão principal para o avanço das conquistas democráticas e sociais”. Um dos momentos de maior emoção entre os fundadores do Pátria Livre foi a chegada ao ato de Dª Iná Campos, mãe de Cláudio Campos, secretário-geral do MR8, grande pensador e estrategista político que dedicou sua vida a desbravar os caminhos para a conquista da independência e liberdade pelo povo brasileiro e pela Humanidade. Sentia-se no Anhembi que os membros do Pátria Livre estavam profundamente honrados com a presença de Dª Iná, que fez questão de viajar do Rio a São Paulo para comparecer ao ato, apesar das dificuldades naturais de sua idade.

Após o encerramento dos debates e a aprovação dos documentos fundamentais do Pátria Livre, iniciou-se a sessão solene que encerrou os trabalhos, com a presença de várias personalidades e representantes de forças políticas que saudaram a fundação do partido.

“Feliz do país que tem na sua história figuras cívicas como Tiradentes e Zumbi dos Palmares”, disse, em sua intervenção, do alto de seus mais de 80 anos, sintetizando o sentimento dos presentes, o presidente do Congresso Nacional Afro-Brasileiro (CNAB), professor e poeta Eduardo de Oliveira, que se filiou ao novo partido. “Um país que tem esses alicerces em sua alma jamais será batido. O Partido Pátria Livre traz idéias novas que falam do Brasil com orgulho. O programa do partido atende todas as nossas aspirações de nos ver livre desses que venderam as nossas estatais, esses que irão pagar com a pedrada de nossos votos pela traição nacional. Não queremos pedir piedade. Quem pede piedade são os fracos. Nós queremos a luz que é de todos. E temos a autoridade da dor”.

O vice-presidente da República, José Alencar, enviou mensagem de saudação aos membros do Pátria Livre, assim como o secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores, Samuel Pinheiro Guimarães, o ministro do Trabalho e presidente licenciado do PDT, Carlos Lupi, o chefe de Gabinete da Presidência da República, Gilberto Carvalho, o senador Cristovam Buarque, os deputados federais Saraiva Felipe (PMDB-MG), Marcos Rolim (PT-RS), Eliseu Padilha (PMDB-RS), Duarte Nogueira (PSDB-SP) e o deputado estadual Mauri Torres, ex-presidente da Assembléia Legislativa de Minas.

Enviaram mensagens, cumprimentando os participantes do ato pela fundação, Cuauhtémoc Amezcua, presidente do Partido Popular Socialista, do México; Marcos Domich, secretário-geral do Partido Comunista da Bolívia; Fabián Pena, pela Corrente Nacional Martín Fierro, da Argentina; Quim Boix, secretário de Relações Internacionais do Partido Comunista dos Povos da Espanha; Ignácio González, pelo Movimento ao Socialismo, do Paraguai e esteve presente, no ato de encerramento, saudando os filiados, Pietro Alarcón, representando o Partido Comunista da Colômbia.
                                                                                                                                      Valdo Albuquerque & Walter Félix                                                             


“Nós caminharemos juntos, pois somos o fio da história. Somos brasileiros e temos um projeto de Brasil. Nós queremos uma pátria livre, soberana e, acima de tudo, não queremos ser escravos de ninguém”  Therezinha Zerbini do PDT

“O Pátria Livre se forma como um partido que vem de um movimento pela construção de um programa, construção de propostas, hoje materializado no momento mais importante da história da esquerda no mundo. Em 2010 só tem um caminho: um projeto de desenvolvimento nacional, a organização daqueles que querem enterrar o neoliberalismo” Edinho Silva, presidente do PT-SP

“Nosso papel será a garantia de impedirmos a volta do neoliberalismo. Esta é a nossa grande tarefa e o Pátria Livre nasce destas lutas de homens e mulheres que acreditaram nos seus sonhos e os transformaram em realidade” Antonieta (PMDB), prefeita de Guarujá (SP)

“O Pátria Livre tem uma contribuição muito grande a dar ao campo democrático e popular em nosso País. Fazem parte desse núcleo fundador companheiros que marcaram a história do projeto de independência nacional e construção democrática no Brasil. Em nosso país ninguém faz melhor a defesa da soberania e da independência nacional” José Américo, presidente do Diretório Municipal do PT-SP

“Devemos muito a esse conjunto de militantes, pela história de lutas que acumularam e por esse momento de criação desse partido, para fortalecer o governo do presidente Lula, a liberdade do povo brasileiro e a soberania do Brasil” Nilton Lima (PT), ex-prefeito de São Carlos (SP)

“O ato de fundação do Partido Pátria Livre, nesta data histórica de 21 de abril, já está gravado na história das lutas de libertação nacional e social do povo brasileiro” José Reinaldo, secretário de Relações Internacionais do PCdoB

“Tenho muita alegria e muita esperança na criação deste partido. O Pátria Livre será um instrumento importantíssimo nesta luta por um país livre e soberano” Vereador Eliseu Gabriel (PSB-SP)

Fonte: Hora do Povo