domingo, 14 de outubro de 2012

PPL: Suas origens e sua história


Partido Pátria Livre (PPL) é um partido político brasileiro. Fundado em 21 abril de 2009 por militantes do Movimento Revolucionário Oito de Outubro(MR-8), defende o socialismo científico. Seu símbolo é uma bandeira verde e amarela com uma estrela vermelha e a inscrição "Pátria Livre" e seu código eleitoral é o 54.

História

O PPL foi fundado por integrantes do Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8), que se uniram a líderes sindicais (ligados à Central Geral dos Trabalhadores do Brasil) e ativistas dos movimentos estudantil e feminista. O verdadeiro MR-8 surgiu em 1964 a partir de uma cisão do Partido Comunista Brasileiro (PCB), com o nome de Dissidência do Rio de Janeiro (DI-RJ). De orientação marxista-leninista, promoveu a luta armada contra a ditadura militar e defendia a instalação de um regime comunista no país. Mais tarde, o grupo mudou de nome para fazer um tributo ao dia em que Che Guevara foi capturado pela CIA na Bolívia – 8 de outubro de 1967. Sua ação mais notável naquele período foi o sequestro do embaixador norte-americano Charles Burke Elbrick. Muitos ex-militantes do MR-8 original apontam que o atual MR-8 nada tem a ver com a dissidência do PCB que participou do sequestro do embaixador, a não ser o nome. De fato durante o processo houve várias cisões e por muito tempo o MR-8 deixou de existir, o que reforça essa versão.

Desde o início do processo de redemocratização do país, o MR-8 participou partidariamente dentro do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), sendo o braço do quercismo nos movimentos sociais. Em 2008, após cogitar se fundir com o Partido dos Trabalhadores (PT), os membros do movimento decidiram criar um novo partido político. O ato de fundação do PPL ocorreu em 21 de abril de 2009 e foi prestigiado por centenas de filiados do PMDB, além de vários representantes de partidos de esquerda, como PT, PCdoB, PSB, PDT, PCB e Partido Comunista da Bolívia. No dia 3 de outubro de 2011, os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deferiram o pedido de criação do PPL por unanimidade. Tornou-se, assim, o 29° partido político do Brasil.

Ideologia 

O projeto político do PPL é aprofundar as conquistas do governo federal através de investimentos na nação e no povo. para tal, elenca cinco pontos básicos:

  • O fortalecimento do mercado interno, para geração de mais emprego;
  • A redução da taxa básica de juros;
  • O desenvolvimento tecnológico do país;
  • A conquista da economia plena;
  • E a garantia da saúde e da educação de qualidade para todos.


terça-feira, 22 de maio de 2012

Programa do PPL vai ao ar


Companheiro (a)
              
É com grande alegria que comunicamos a todos os nossos filiados, amigos e simpatizantes do Partido, que no próximo dia 24 de maio o Programa Eleitoral do Partido Pátria Livre irá ao ar em cadeia nacional de Televisão e Rádio. É uma conquista importante e que devemos compartilhar com todos nossos filiados, amigos e colaboradores do PPL e também com os milhões de brasileiros que contribuíram de alguma forma para o registro do mais novo e combativo partido do Brasil.

É nesta quinta feira, dia 24 de maio as 20:00 hs (no rádio) e as 20:30 ( na TV).

O Partido Pátria Livre esta dando mais um passo decisivo na sua consolidação e na preparação de uma expressiva vitória nas eleições de outubro, mostrando ao Brasil que somos como todo brasileiro, gente de caráter, coração valente e coragem para mudar.

Pátria Livre!   Venceremos!

Adriano Augusto da Cruz
Sec. de Organização e Comunicação - PPL-PR

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Convenção Estadual do PPL - PR

Na foto a presidente do PPL de Maringá, vereadora Marly Martin, ladeada pelo presidente do PPL de Sarandi, Reginaldo Zauizio de Souza e pelo presidente do PPL de Apucarana, Daniel Moura Junior, na Convenção Estadual do partido realizada ontem, dia 1, em Curitiba. Na pauta a organização das provisórias municipais e das eleições 2012.

domingo, 1 de abril de 2012

Debate: “O Brasil precisa voltar a crescer, e o fará com a participação das mulheres”

São Paulo: O Diretório Estadual do Partido Pátria Livre (PPL-SP), por iniciativa da Secretaria da Mulher PPL - SP, convida para debate após exibição do filme O Sal da Terra, com a participação de Rosanita Campos, vice-presidente Nacional do PPL, diretora da Fundação Cláudio Campos e conselheira da Confederação das Mulheres do Brasil.


quinta-feira, 29 de março de 2012

PPL de Sarandi poderá ter candidatos a vereador

Rodrigo Martinelli, Alessandro Adauto, Sirley Bruch, Vagner Prado são alguns dos nomes cogitados pelo PPL de Sarandi como candidatos a vereador(a) nas eleições deste ano. A proposta ainda deve ser discutida entre os membros da executiva municipal e também será discutido a organização do o evento de fundação do partido no município. No próximo domingo, dia 1, o presidente da executiva municipal, Reginaldo Zauizio de Souza, estará participando da Conferência Estadual que será realizada em Curitiba, onde na ocasião serão traçadas as metas e estratégias para as eleições 2012.

sábado, 24 de março de 2012

PPL lança pré-candidatura para o executivo de Curitiba

O Partido da Pátria Livre (PPL) decidiu no ultimo dia 17 lançar o nome de Alzimara Bacellar, militante do movimento de mulheres, à prefeitura de Curitiba. O PPL também já definiu o nome para a vice, será o professor universitário Cláudio Fajardo, ex-diretor-geral da Biblioteca Pública do Paraná e histórico militante comunista. O partido terá à disposição um pequeno tempo de tevê, fruto da divisão igualitária, que utilizará para debater e intervir nas discussões de um projeto para a capital.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Momentos do PPL

Na foto o Presidente da Municipal de Sarandi, Reginaldo de Souza, no Encontro Estadual do Partido Pátria Livre na cidade de Curitiba em 07 de outubro de 2011, ladeado pelo Presidente Estadual, Mario Bacellar e pela 1ª vice-presidente, Alzimara Cabreira Fraga Bacellar no momento da assinatura da ficha de filiação.

PPL Montes Claros

Reunião Estadual

CONVOCAÇÃO

REUNIÃO DA EXECUTIVA ESTADUAL DO PPL-PR COM OS PRESIDENTES DAS PROVISÓRIAS MUNICIPAIS E OS VEREADORES.


COMPANHEIROS E COMPANHEIRAS,

          O PPL/PR acelera o passo para a campanha eleitoral. Estamos organizados em mais de 50 municípios, todos com Comissão Provisória, .prontos para disputar as eleições. Em Curitiba vamos lançar candidatura própria para a prefeitura.


          Para avançar a nossa coesão estamos convocando reunião da Executiva Estadual com os presidentes de Comissões Provisórias Municipais e vereadores filiados ao PPL/PR. A reunião será no dia 1º de abril, domingo, das 09:00 horas às 18:00 horas, no Hotel San Martin em Curitiba (entre a Rua Marechal Deodoro e a Rua José Loureiro).

          Pedimos aos companheiros que enviem ao partido informações sobre a campanha em seus municípios: número de eleitores, partidos organizados, se lançaremos candidatura prṕria para a prefeitura, como está nossa chapa de vereadores, possíveis coligações e outras informações que considerarem necessárias. Estas informações deve m ser enviadas ao partido até 28/03/2012 por e-mail ou correio: 




ENDEREÇO DO PPL:

Rua Desembargador Westphalen 15 - 21°andar, conjunto 2104, Curitiba, Paraná, CEP 80010-903

Contamos com a presença de todos. Até lá.



Mario Bacellar
Presidente Estadual do PPL-PR


Adriano Augusto da Cruz
Secretário Estadual de Organização do PPL-PR

quarta-feira, 21 de março de 2012

Nasce o PPL em Sarandi

No ultimo dia 19, foi aprovada, pelo Diretório Estadual, a Comissão Provisória do Partido Pátria Livre de Sarandi. O PPL que teve seu pedido de registro nacional deferido em outubro de 2011 começa agora à articular-se também a nível municipal.

Em Sarandi o partido será presidido por Reginaldo Zauizio de Souza, blogueiro, conhecido por muitos como "Sonâmbulo" por conta de seu blog (Blog do Sonâmbulo). O partido, que já conta com cerca de 50 filiados, começará agora a mobilização na escolha de seus pré-candidatos a vereadores.

Clique aqui e veja como ficou a Comissão Provisória.

segunda-feira, 19 de março de 2012

PPL lança pré-candidatura de Alzimara Bacellar em Curitiba

O Partido da Pátria Livre (PPL) decidiu neste final de semana lançar o nome de Alzimara Bacellar, militante do movimento de mulheres, à prefeitura de Curitiba. O PPL também já definiu o nome para a vice. Será o professor universitário Cláudio Fajardo, ex-diretor-geral da Biblioteca Pública do Paraná e histórico militante comunista. O partido terá à disposição um pequeno tempo de tevê, fruto da divisão igualitária, que utilizará para debater e intervir nas discussões de um projeto para a capital.

quarta-feira, 14 de março de 2012

PPL / Minas

Presidente do Diretório Estadual PPL/MG, Francisco Rubió, se reúne com filiados de Juiz de Fora. Na foto, Francisco Rubió e o Presidente da Comissão Provisória de Juiz de Fora, Wilhans Moraes

Joaquim: um homem corajoso e determinado

Por miguel Manso

Talvez por razões de estilo, por estar muito chocada ou por outro motivo que não nos ocorre agora, a prefeita Maria Antonieta de Brito tomou tanto cuidado para não melindrar a Secretaria Estadual de Segurança e a Delegacia do Guarujá, na entrevista coletiva, que acabou aliviando o desinteresse de ambas em oferecer um mínimo de proteção ao amigo Joaquim – o que poderia ter evitado um crime político premeditado e previamente anunciado.

O fato é que as ameaças contra a vida de Joaquim eram públicas e notórias, tendo sido fartamente noticiadas na imprensa local desde o seu sequestro no dia 11 de maio de 2010, na saída da prefeitura. Que tipo de investigação foi feita para identificar, prender ou ao menos pressionar e desestimular seus promotores?

Joaquim mudou de residência; foi para um local mais seguro, com circuito de tevê monitorando e gravando os movimentos nas imediações do local; passou a usar carro blindado. O que pôde fazer, individualmente, para melhorar a sua segurança, ele fez. Quem no mundo político do Guarujá não sabia disso?

A prefeita disse na coletiva que quando esteve em novembro do ano passado com o secretário de Segurança do Estado tratou apenas da Operação Verão e do assassinato do vereador Romazzini, do PT, ocorrido em 26 de novembro de 2010, e não das ameaças contra Ricardo Joaquim. Disse também que em 31 de dezembro de 2011, após ter recebido deste a denúncia de uma nova ameaça, acionou o coronel Del Bel, da Polícia Militar, comandante da Operação Verão, que prontamente ofereceu uma escolta, mas Joaquim declinou da escolta e preferiu se dirigir à Polícia Civil. Só não disse que ele estava certo, porque naquele momento o problema não era de escolta, mas de investigação, de diligência, e rápida, porque a denúncia que levou à Delegacia do Guarujá era bem determinada. E tanto era que o delegado, que fez ouvidos de mercador e não investigou nada, não conseguiu negar a ida de Joaquim até lá. Procurou apenas embaralhar as cartas alegando a inexistência de um BO, como se sem BO a denúncia não existisse e a diligência não pudesse ser efetuada.

Se aliviar a inoperância da Secretaria de Segurança do Estado e da Delegacia do Guarujá, ao longo de todo esse trágico episódio, ajudasse alguma coisa para que houvesse agora uma investigação capaz de retirar esse crime do rol da impunidade, nós seríamos os primeiros a aliviar. O problema é que não ajuda, e estamos seguros de que a população do Guarujá e do Brasil não aceita que a morte de Joaquim seja em vão.

Para reavivar as memórias sobre o modus operandi das máfias que tentam intimidar e submeter as instituições do Guarujá, devo concluir esse texto com um breve relato. Depois de sequestrado por três elementos, em 2010, Joaquim foi mantido dentro de um carro, cercado por outros dois carros, com 10 bandidos fortemente armados, que o torturaram física e psicologicamente, dizendo que sua filhinha recém-nascida, a Manuela, e sua esposa Adriana estavam em mãos da quadrilha e seriam mortas se ele não assumisse o compromisso de lhes entregar o “dinheiro do caixa 2” de Antonieta. Joaquim recebeu coronhadas, socos e ameaças de ter sua genitália destruída à bala. Mas respondeu que o governo de Antonieta era de trabalhadores, que ele era petroleiro e que jamais admitiria tais desonestidades. Mesmo correndo o risco de nunca mais ver sua família, defendeu sua honra e a do governo em que se orgulhava de participar, deixando seus algozes na situação de matá-lo ou soltá-lo.

Ele não era um homem descuidado. Era apenas muito corajoso e determinado.

Miguel Manso é presidente do PPL de São Paulo e Secretário Nacional de Organização do PPL

Ricardo Joaquim: O combate de um herói do povo brasileiro

Ricardo Joaquim, ex-secretário de governo e presidente do PPL do Guarujá foi assassinado na última quinta-feira.

Ricardo Joaquim Augusto de Oliveira, assassinado covardemente na quinta-feira, dia 8, era um homem raro: ele poderia, diante das reiteradas ameaças à sua vida, das tentativas de intimidação que chegaram até ao sequestro com tortura, ter abandonado a sua terra, o Guarujá, seu povo, seus companheiros, seus amigos.

Mas isso era completamente estranho à sua personalidade. Não fazia parte dele. Deixar a luta por um mundo melhor, por uma vida mais justa, por um país desenvolvido, por uma cidade mais humana, por uma terra onde cada um sentisse no outro um irmão, significaria não ser mais Ricardo Joaquim, não ser mais ele mesmo – portanto, era impossível. A luta, a identificação com o próximo, era ele: trabalhador da Petrobrás, ex-diretor do Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista, advogado, secretário de Segurança e secretário de Governo da Prefeitura do Guarujá até o último dia 1º.

Em suma, Ricardo Joaquim era um homem. Um ser humano.

Ele lutou, como um bravo e um herói, até o seu último momento. Quando presidia a uma reunião do seu partido, o Partido Pátria Livre (PPL), pistoleiros de aluguel entraram no recinto. Um embuçado foi em direção a Joaquim – que o enfrentou, mas foi atingido várias vezes. Ferido por um tiro no pé, ficou o vice-presidente do PPL do Guarujá, Carlinhos da Prainha.

O pistoleiro que disparou usava uma pistola .45, com o conhecido estrondo que uma arma desse tipo provoca. A menos de 50 metros do local da reunião está o 1º Distrito Policial do Guarujá, mas, segundo declarou o delegado titular da cidade, Cláudio Rossi, ninguém notou nada porque “a delegacia fica fechada durante a noite” - a delegacia que tem por função policiar o porto. Mas, segundo o mesmo delegado, “as investigações correrão por lá”.

Em dezembro, Joaquim recebera a informação de que o submundo que enfrentava com tanta coragem, em defesa do seu povo, queria eliminá-lo – e o uso dessa palavra, aqui, não é acidental: é assim que essa escória subumana se ilude, como se assassinar um homem honrado, um pai de família, um líder do povo, não fosse despertar, contra eles, centenas, milhares, e até milhões de outros seres humanos dignos, decentes e dispostos a levar até as últimas consequências – isto é, até à vitória - a causa daquele que tombou.

Joaquim, após verificar a informação que havia recebido, e comunicá-la à prefeita Antonieta de Brito, de quem era secretário de Governo, procurou a polícia. Nada foi feito. Agora, depois de sua morte, procura-se escamotear essa inação com uma ridícula discussão diversionista de que ele não teria lavrado um Boletim de Ocorrência (BO).

A polícia nunca precisou – e não precisa – de um BO para abrir uma investigação ou um inquérito criminal. Todos os policiais, e mais ainda os bons policiais, sabem disso – até porque essa é a sua rotina. Os fatos que Joaquim relatou eram mais do que suficientes para que a investigação fosse aberta. Aliás, lavrar um BO teria sido apenas burocracia. Era necessário investigar a denúncia, que era específica – isto é, era constituída por fatos.

Joaquim sabia muito bem para que serve um BO – afinal, ele fora escrivão da polícia, em Santos e Guarujá, durante alguns anos. Seria difícil encontrar autoridade maior em BOs do que ele. Mas o que queria é que a polícia cumprisse o seu papel – que, diante de fatos sobre uma conspiração criminosa, ela investigasse, desmascarasse os criminosos e os levasse ao seu lugar próprio: a cadeia e o banco dos réus.

Evidentemente, ele sabia que a escolta ostensiva, que, segundo a prefeita Antonieta, a PM se dispôs a lhe fornecer, não resolvia qualquer problema, exceto o de chamar a atenção dos bandidos, durante 24 horas, para onde quer que estivesse. Não é função da PM investigar – e não é crível que uma viatura tivesse qualquer efeito de dissuasão sobre os assassinos. Para percebê-lo, basta lembrar as circunstâncias do crime de quinta-feira – ou a crônica criminal do país nas últimas décadas.

Guarujá é conhecida, com razão, como “a pérola do Atlântico”. Realmente, há poucos lugares no mundo tão beneficiados pela natureza – se assim é lícito a nós se expressar.

Entretanto, também são grandes os problemas sociais nesta ilha do litoral de São Paulo, com uma população de cerca de 300 mil habitantes, que aumenta no verão para cerca de 2 milhões – mais que a população de Porto Alegre ou Recife -, com 115 favelas.

Quanto aos problemas de criminalidade, que giram em função do porto, bastante mal guarnecido, constituindo-se em atração para o gangsterismo, são conhecidos há muito. Certamente, como acontece em qualquer parte do mundo onde há quadrilhas, elas procuram se infiltrar ou influenciar – às vezes até formar – esquemas políticos para que possam atuar à solta, sem ser incomodadas.

A administração da prefeita Antonieta, a que Joaquim forneceu a sua energia, a sua dedicação, a sua inteligência – em suma, o seu talento de líder – se propôs a mudar essa situação, e, com efeito, a contrariou, empreendendo uma obra inédita no Guarujá.

Portanto, não foi por acaso que esse submundo voltou-se contra Ricardo Joaquim, e, a alguns meses das eleições, o assassinou. Querem, obviamente, voltar a contar com a complacência, de preferência com a cumplicidade, do poder público local. Mas isso é o que não vai acontecer.

Em sua entrevista coletiva de domingo, a prefeita Antonieta referiu-se ao “momento de dor, momento de medo” - e que neste “momento de dor os amigos têm que ficar juntos”. E também disse que o assassinato de Ricardo Joaquim “exige uma apuração feita com rigor. Esse crime não pode ficar impune”.

Ricardo Joaquim era casado com Dona Adriana e tinha três filhos: Fernando, Ricardo e Manuela, de dois anos. Que eles recebam a solidariedade, como estão recebendo, de todos os homens e mulheres de bem. A luta de Joaquim é a luta de todos nós.

A melhor síntese de quem foi Ricardo Joaquim e de seu legado foi feita, durante as homenagens póstumas, pelo seu amigo, e presidente do PPL de São Paulo, Miguel Manso:

“Ricardo Joaquim, filho de estivador, técnico em eletrônica, petroleiro, advogado, secretário de Governo da Prefeitura e presidente do Partido Pátria Livre de Guarujá foi barbaramente assassinado durante uma reunião do nosso partido por criminosos que invadiram a reunião a mando dos que pensam que podem calar a sua voz e impedir que nossa cidade continue as mudanças por ele comandadas. Joaquim morreu como viveu, lutando pela libertação do Brasil e de Guarujá. É um herói desta luta, e o seu sacrifício e o seu sangue derramado fortalecem a convicção e o compromisso do nosso partido e do nosso povo na luta por justiça e liberdade. Seu exemplo de coragem na luta contra as quadrilhas que mandavam no Guarujá será seguido e, como ele não recuou, nós também não recuaremos nem um milímetro, seguiremos avançando nas mudanças, não permitiremos quadrilhas a governar nossa querida cidade.

“Nós todos somos Joaquim!

“Viva o companheiro Joaquim, herói do povo brasileiro!”

C.L.

terça-feira, 6 de março de 2012

O Brasil precisa voltar a crescer

O Partido Pátria Livre, no último fim de semana, realizou a reunião de seu Diretório Nacional. Como resultado das discussões, seus dirigentes aprovaram resolução política sobre o momento que vive o país. Devido à importância deste documento, e no sentido de contribuir para o debate sobre o desenvolvimento nacional, posto na ordem do dia quando se divulgam, nesse início do ano, os índices econômicos referentes a 2011, oferecemos aos nossos leitores sua publicação na íntegra.

No inicio de dezembro, ao tentar reduzir o impacto da divulgação pela FIESP da previsão de um crescimento pífio para o PIB (2,8%), o ministro Guido Mantega disse: "a economia brasileira vai crescer em 2011 pelo menos o dobro do verificado nos países europeus e acima do registrado nos EUA"1.

A conta está certa, mas a conclusão não é honesta. Pois o que ela, de fato, revela não é a performance razoável do Brasil, como ele procura dar a entender, mas a intensidade da catástrofe econômica que varre os centros imperialistas, que ele prefere seguir minimizando na esperança de uma recuperação cada vez mais distante.

Menos honesto ainda é o ministro considerar razoável os dois vírgula alguma coisa de crescimento do PIB, depois de ter se desdobrado no início do ano passado para garantir que a nova política de juros altos, cortes nos salários e investimentos públicos, estrangulamento das empresas nacionais, cambio desequilibrado, estímulo suicida às importações e ao capital externo levaria o Brasil a crescer 5% em 2011 - "acelerando a partir desse patamar para atingir a média de 5,9% durante os quatro anos do governo Dilma"2.

Como afirmamos mais de uma vez, ele nunca acreditou nisso. Mas precisava dourar a pílula para apresentar como continuidade o rompimento com a política econômica que desabrochou com o PAC no segundo mandato do presidente Lula e fora responsável pelos 7,5% de crescimento do PIB em 2010, cantado em prosa e verso ao longo da campanha eleitoral.

Não tardou para que as previsões começassem a ser revistas: "entre 4,5% e 5%","entre 4% e 4,5%", "4%", "3,8%"; "3,2%"... e tudo ele ia apresentando no mesmo estilo pachorrento de quem não dá a mínima para a credibilidade de suas palavras e as consequências de seus atos.

DESACELERAÇÃO

Para realizar uma avaliação honesta do significado da intensa desaceleração do nosso crescimento em 2011, e aquilatar os acertos ou erros das políticas que produziram essa situação, é preciso não ignorar que poucos foram os países que em 2011 cresceram menos que o Brasil.

Não adianta olharmos para os EUA, Europa e Japão e darmos graças aos céus por não estarmos tão mal quanto eles. A ideia de que a crise que assola os seus centros financeiros nos retira o espaço para crescer é falsa e não encontra amparo na realidade.

Quem conhece um pouco da História do Brasil sabe que os momentos de crise dos centros imperialistas sempre foram os mais propícios para o país valorizar seu mercado interno, suas empresas, sua tecnologia, seus trabalhadores e crescer aceleradamente.

Mas para quem insiste em desconsiderar a experiência das gerações passadas não custa nada lançar um olhar sobre o estado atual do mundo e ver que não há razão objetiva para o Brasil ter empacado.

Não vamos falar de China e Índia (nossos parceiros no BRICS) que, não tendo tomado conhecimento da crise em 2008, 2009 e 2010, cresceram em 2011 a uma taxa de 9,2% a primeira e 7,4% a segunda.

Vamos só apresentar uma singela relação de países de vários continentes com as respectivas taxas de crescimento no ano de 2011, algumas já confirmadas e outras baseadas nas previsões que figuram no último relatório do FMI. E aqui cabe parênteses: o FMI, por um vício cuja origem já se perdeu no tempo, costuma errar para cima nas previsões referentes aos países mais afinados com suas políticas e para baixo em relação aos demais.

Eis os números: Argentina (9,2%); Uruguai (6%); Paraguai (6,4%); Chile (6,2%); Equador (5,8%); Peru (6,6%); Bolívia (5%); Colômbia (4,6%); Venezuela (4,2%); México (4,1%); Rússia (4,1%); Bielorrússia (5%); Ucrânia (4,7%); Geórgia (5,5%); Uzbequistão (7,1%); Cazaquistão (6,5%); Turquia (6,6%); Mongólia (11,5%); Sri Lanka (7%); Bangladesh (6,3%); Vietnã (5,8%); Laos (8,3%); Camboja (6,7%); Indonésia (6,4%); Malásia (5,2%); Filipinas (4,7%); Nigéria (6,9%); Moçambique (7,2%); Quênia (5,2%); Etiópia (6,7%); Marrocos (4,6%); Zimbábue (6%); Tanzânia (6,1%); Zâmbia (6,7%); Botsuana (6,1%); República Democrática do Congo (6,5%).

Diante desse quadro, não é possível concordar com a nossa presidente quando ela afirma que o país não poderia estar "imune ao aprofundamento da crise" dos big brothers3.

Por que não poderia, se a média de crescimento da América do Sul, sem o Brasil, ficou acima dos 6,5%?

O equívoco de se atribuir um caráter necessariamente mundial à crise que corrói os centros imperialistas pode ser visto mais claramente quando se compara o crescimento de alguns países emergentes com os das maiores economias do "1º Mundo", num período de cinco anos (2007-2011).

Em ordem de grandeza crescente, a variação do PIB dos países do primeiro grupo, considerando o conjunto do período, é a seguinte: Rússia (14%); África do Sul (14%); Turquia (16%); Coreia do Sul (19%); Chile (19%); Irã (22%); Brasil (22%); Colômbia (23%); Polônia (23%); Indonésia (33%); Argentina (38%); Peru (39%); Nigéria (41%); Índia (48%); Angola (53%); China (65%).

É uma situação inteiramente diferente da estagnação e deterioração que se verifica no outro grupo: EUA (3%); Japão (-2%); Alemanha (5%); França (2%), Inglaterra (0%); Itália (-3%); Espanha (1%). Vale lembrar que estas não são taxas anuais ou médias anuais de crescimento do PIB, mas o somatório, o resultado total do crescimento dos últimos cinco anos.

Os EUA e seus seis maiores satélites acima relacionados controlam 48% do PIB mundial, mas há 10 anos o PIB americano, sozinho, era 32,4% do total e hoje caiu para 21,6%. Em dez anos, o crescimento real da China foi equivalente a 100 vezes o da Itália, 17 vezes o do Japão, 10 vezes o da Alemanha e 7 vezes o dos EUA4.

Eles estão vegetando em consequência da nefasta combinação entre o nível de parasitismo atingido pelo capital financeiro norte-americano - cuja presença na Europa e Japão, através do entrelaçamento com os monopólios financeiros locais, é cada vez mais ostensiva - e o grau de poder político e militar concentrado em suas mãos.

Os EUA mantêm mais de mil bases, situadas em 63 países do mundo, com um efetivo de 325 mil soldados, mais de um terço estacionados na Europa (75 mil só na Alemanha, distribuídos em 227 bases) e 40 mil no Japão. E, certamente, o objetivo não é protegê-los de nada, mas lembrá-los de quem manda e "persuadi-los" de que a única ordem mundial possível é a que se baseia na drenagem dos recursos de todos para alimentar um punhado de insaciáveis chupins que se tornaram "too big to fail" (grandes demais para falir)5.

PILARES

O governo Lula fixou quatro pilares fundamentais para que o Brasil pudesse singrar esses mares conturbados com segurança, sem se deixar dominar pela lógica hegemônica, cínica e pervertida.

Política externa independente; recuperação dos empregos e salários; crescimento com base no investimento público e na expansão do mercado interno; fim das privatizações das empresas públicas - todos eles premissas para a construção de um verdadeiro projeto nacional-desenvolvimentista.

Faltava uma definição explícita sobre a prioridade para as empresas nacionais (estatais e privadas) nos financiamentos e encomendas do Estado, e um plano abrangente para desenvolver, com base no capital nacional, os setores de tecnologia de ponta: microeletrônica; informática; telecomunicações; engenharia genética; engenharia nuclear; engenharia aeroespacial; materiais estratégicos; e, para eliminar o risco do sonho se converter num amargo pesadelo, a indústria da defesa. Sem isso o estoque de capital externo, já mais do que excessivo nos setores decisivos da economia, ao crescer mais rápido que o estoque de capital nacional vai tornando as importações e as remessas de lucros insustentáveis para o país678.

Embora não estivesse completo, o projeto posto em prática com mais ênfase no segundo mandato do presidente Lula produziu um crescimento real em todos os aspectos da vida nacional, neutralizou rapidamente os efeitos da crise imperialista e entregou o Brasil ao novo governo com uma taxa de crescimento de 7,5%.

O governo Dilma, em seu primeiro ano, não avançou no que precisava e refluiu em boa parte do que já estava feito.

Congelou a Telebras e o projeto de universalização da banda larga. Diluiu o conteúdo anti-imperialista da política externa independente numa sopa eclética de admoestações contra supostas ou reais violações dos direitos humanos atribuídas pelos campeões mundiais da modalidade, os EUA, a regimes que eles têm interesse em desestabilizar. Adiou o aumento real do salário mínimo, arrochou os servidores, fez campanha para conter o aumento real de salários em todas as categorias. Reduziu o investimento público (os desembolsos do BNDES caíram 18% em relação a 2010), paralisou obras, travou a elevação do orçamento da Saúde e da Educação. Catapultou os juros com cinco altas sucessivas que desequilibraram o câmbio e escancararam o país às importações, derrubando a indústria e o crescimento econômico como um todo. De quebra, privatizou o controle de três aeroportos, com a Infraero no estranho papel de pagar R$ 11,7 bilhões para isso.

JUROS

De todos, o problema mais agudo é o dos juros.

Em 2011 o setor público - União (85%), Estados e Municípios - pagou só de juros ao sistema financeiro R$ 236 bilhões, uma alta de mais de 20% em relação a 2010. Para 2012, quase metade do orçamento da União está comprometido com juros e amortizações de uma dívida cujo ágio é fixado pelo próprio governo. Como é possível crescer transferindo recursos dessa monta para quem já os têm de sobra?9

Como juros altos atraem enxurradas de dólares que tornam o câmbio favorável às importações e desfavorável às exportações, a indústria estagnou.

A indústria, que desde os anos 30 tem puxado o desenvolvimento econômico do Brasil, cresceu 10,5% em 2010. No ano passado a taxa despencou para 0,3%, e o setor passou a apresentar desemprego a partir do mês de junho10. A parcela do mercado interno ocupada pelos importados atingiu 24%, com o país comprando fora trilhos, etanol e até impressão de livros didáticos para ensino fundamental e médio.

As reduções a conta-gotas da Selic, iniciadas em setembro por pressão da sociedade, ainda estão longe de resolver o problema de fundo provocado pela alta, porque a taxa de juros real básica no Brasil está em 4,9%, muito acima da média das 40 maiores economias do mundo, que é negativa: - 0,9%. Em julho de 2007, por exemplo, essa média era positiva: 2,4%. Portanto, qualquer taxa real acima de 1%, hoje, no caso do Brasil que abriu mão do controle soberano do câmbio, não deterá o ingresso de dólares tóxicos e seguirá cumprindo um duplo papel: o de fazer do país presa fácil do rentismo internacional e o de subsidiar os importados.

Os cortes - na verdade o desvio para pagamento dos juros - de R$ 55 bilhões no Orçamento de 2012, anunciados pelo ministro Mantega, em 15 de fevereiro, quatro semanas após ele ter sido sancionado pela presidente, sem veto, e publicado no Diário Oficial, mostram que a depender da Fazenda a economia vai seguir ribanceira abaixo.

Também não vale a pena perder tempo com comentários sobre a previsão feita pelo ministro de 4,5% de crescimento do PIB em 2012, porque ela vale tanto quanto os 5% do início de 2011 ou os 5,9% de média para os quatro anos.

O importante é entendermos a razão desses retrocessos, para melhor enfrentá-los.

Vale destacar três fatores.

Primeiro. Governo novo, os representantes externos e internos do "too big to fail" aumentam a pressão, batendo bem o bife para amaciá-lo. A cada recuo batem mais, não deixando porém de fornecer um torrãozinho de açúcar para cada tarefa desempenhada conforme seus interesses. A velha tática do morde e assopra, empregada nos porões da ditadura, destinada a ir desestruturando o adversário até obter sua rendição completa.

Segundo. A ilusão de que o nacional-desenvolvimentismo pode ser substituído ou aperfeiçoado pelo “social”-desenvolvimentismo, ou seja, pelo desenvolvimento com base no capital externo - como se tivéssemos algo a receber de quem criou para seu próprio país essa situação de desenvolvimento zero.

Terceiro. A ideia errada que ainda predomina nas forças que compõem a base do governo, de que combater falhas estratégicas, ao invés de tecer loas a conquistas menores, fortaleceria a oposição nas próximas eleições.

O PPL lutou vigorosamente para eleger a presidente Dilma e segue apoiando seu governo, mas não vamos medir esforços para corrigir os erros de uma política que está comprometendo o futuro da nossa pátria. O fato é que o Brasil precisa voltar a crescer. E não é por esse caminho.

No dia 26 de janeiro deste ano, a presidente apresentou no Fórum Social Temático de Porto Alegre algumas reflexões que pedimos licença para transcrever.

"Para nós crescimento sustentável significa crescimento acelerado para poder distribuir riqueza.

"Para nós crescimento sustentável significa a criação de um amplo mercado de bens de consumo de massas, que passe a dar sustentação interna ao nosso desenvolvimento.

"Na maioria dos países da região [América do Sul], dentre eles o meu país - o Brasil -, estão em curso importantes transformações econômicas, sociais e políticas. Nossos países crescem, enquanto outras partes do mundo vivem a estagnação.

"Nossos países hoje não sacrificam sua soberania frente à pressão de potências, grupos financeiros ou agências de classificação de risco."

Pois a luta é exatamente esta, inclusive para que a nossa querida presidente ao fazer uso destas sábias palavras, possa estar refletindo em gênero, número e grau a realidade de seu governo, e mais que a do anterior.


São Paulo 26 de fevereiro de 2012.

Diretório Nacional do Partido Pátria Livre (PPL)


NOTAS


1) Entrevista coletiva (06/12/2011).

2) Primeira reunião ministerial (14/01/2011).

3) Entrevista coletiva na Bulgária (05/10/2011).

4) Painel Pluri Economia - PIB Mundial 2011.

5) Como a máxima anterior, “greed is good” (ganância é boa), acabou em crise, surgiu essa nova pérola do pensamento monopolista, “too big to fail” (grande demais para falir).

6) Em 2010, o Investimento Estrangeiro Direto (IED) no Brasil atingiu US$ 579,6 bilhões. Entre 1995 e 2010, o estoque de capital fixo cresceu em torno de 35%, enquanto a parcela estrangeira nesse total aumentou 1290%, via de regra através da apropriação de capital já existente, ou seja, da aquisição de empresas nacionais. (Carlos Lopes em “Hora do Povo”, 21/12/2011).

7) Todos os estudos dão conta de que as multinacionais instaladas no país possuem uma inserção no comércio exterior brasileiro maior do que as empresas nacionais e que essa inserção é mais pronunciada nas importações do que nas exportações. Alguns chegam a computar que “as empresas estrangeiras exportam, em média, 70% a mais do que as empresas nacionais, e importam cerca de 290% a mais”. (Carlos Lopes em “Hora do Povo”, 24/02/2010).

8) A combinação dos dois itens anteriores com a supervalorização cambial é o que está por trás dos US$ 70 bilhões de déficit das contas externas previsto pelo BC para o ano de 2012.

9) Carlos Lopes em “Hora do Povo”, 03/02/2012.

10) IBGE, 31/01/2012.


MATÉRIA EXTRAÍDA DO JORNAL HORA DO POVO
Edição de 29 de fevereiro de 2012.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Morre o vice-presidente do PPL-PR

Por: Júlio César Oliveira

É com pesar que informo o Falecimento do nosso companheiro Vice-presidente estadual do PPL PR Danilo Bassanese. O companheiro veio a óbito na noite desta quarta feira devido a um ataque cardíaco fulminante. Danilo foi um guerreiro na luta por um Brasil livre e soberano, dedicava a maior parte de sua vida com as "lutas sociais" palavras do mesmo, por isso Danilo iremos continuar a nossa luta por uma Pátria Livre e soberana! vá em paz e que Deus lhe abençoe aonde estiver. Nós do PPL PR neste momento de extrema tristeza desejamos os mais sinceros sentimentos a Família Bassanese 

Danilo foi o companheiro da primeira hora, que desde o inicio da construção do PPL, foi um dos companheiros que mais se dedicou na coleta de assinaturas e organização do partido. Pra ele não havia tempo ruim, sempre disposto a lutar pelo povo. A AMOSL, associaçao dos moradores de Campo Largo que ele presidia com paixão não tinha hora nem dia para ajudar quem mais precisasse. Sempre balizou sua atuação política na força do povo. Incansável, foi um guerreiro até o final. A tristeza é grande. Viva Danilo! Guerreiro! O PPL vai honrar teus esforços, obrigado amigo!


segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

2º Congresso do PPL elege diretório nacional

Mais empregos e salários, menos juros, investir nas empresas genuinamente nacionais, na ciência e tecnologia de ponta, educação e saúde para todos, nortearam as intervenções das lideranças do Partido.

O Partido Pátria Livre (PPL) realizou, em São Paulo, o II Congresso Nacional da agremiação. Depois de realizados congressos estaduais em todas as regiões do país, cerca de 400 dirigentes do Pátria Livre de todo o Brasil lotaram o auditório Franco Montoro, da Assembléia Legislativa do Estado, para debater a situação política nacional e os caminhos que o Brasil deve seguir diante da crise dos países imperialistas. O congresso discutiu também a sua estratégia de crescimento, os últimos detalhes para a obtenção do registro definitivo do PPL junto ao TSE, e, no final, elegeu o seu novo diretório e a sua nova executiva nacional.

O encontro foi aberto no sábado com o pronunciamento do presidente nacional do PPL, Sérgio Rubens Torres, que apresentou uma análise política do país com destaque para os episódios mais recentes da conjuntura, entre eles, a redução na taxa de juros e a decisão do governo de elevar a alíquota de IPI para veículos importados ou fabricados no país com menos de 65% de componentes nacionais. Sérgio Rubens chamou a atenção também para a decisão do cancelamento definitivo da 8ª rodada de licitações de blocos de petróleo e gás realizada pela Agência Nacional do Petróleo e suspensa pela Justiça (leia ao lado a íntegra do discurso). Ele destacou o papel desempenhado pelo vice-presidente do PPL, Fernando Siqueira, presidente da AEPET (Associação dos Engenheiros da Petrobrás), na obtenção deste resultado positivo para o país.

Fizeram parte da mesa do congresso os dirigentes nacionais do partido e representantes dos diversos estados onde a legenda está organizada. Prestigiaram também o encontro do PPL a prefeita do Guarujá Antonieta de Brito (PMDB) e o deputado federal Protógenes Queiros (PCdoB-SP). A prefeita Antonieta Brito saudou os congressistas com entusiasmo e lembrou que os integrantes do Partido Pátria Livre já realizam um belo trabalho político em sua administração na Baixada Santista e que, com a obtenção do registro definitivo do partido, este trabalho “será ainda mais forte e profícuo”. Ela destacou a grande vitória que representou a obtenção das 500 mil assinaturas pelo PPL e disse que os cinco pontos do programa, resumidos nas teses do partido, “são pontos que devem ser assumidos por todos os brasileiros, independente do partido a que pertençam”.

O deputado Protógenes Queiroz saudou os militantes do PPL e destacou que o partido “nasce num momento importante da luta do nosso país contra o imperialismo”. Ele chamou a atenção para o fato do novo partido adotar os símbolos e as cores da Pátria. Disse que é importante o surgimento de um partido com homens “honrados e comprometidos com as causas mais nobres do país”. O parlamentar resgatou a participação conjunta dele e da dirigente do PPL do Paraná, Alzimara Bacelar, na delegação brasileira que tentou visitar a Líbia no início do mês e foi impedida de cumprir sua missão por conta da violenta agressão militar sofrida por aquele país do Norte da África. A delegação denunciou, da Tunísia para todo o mundo, os bombardeios criminosos realizados pela OTAN sobre a população civil da Líbia.

A maioria dos militantes que fez uso da palavra durante os dois dias de congresso criticou as atuais taxas de juros praticadas pelo Banco Central e apontou a necessidade de reduzi-las imediatamente. Foi destacado que os quase 300 bilhões de reais do orçamento que foram desviados de janeiro até agosto deste ano para o pagamento aos banqueiros estão sendo tirados da saúde, da educação e dos investimentos públicos. O vice-presidente do PPL, Carlos Lopes, afirmou em seu discurso, que a chamada “Lei de Responsabilidade Fiscal”, deveria se chamar “Lei de Irresponsabilidade Social”, porque, segundo ele, “esta lei foi criada na época de FHC para determinar que a prioridade do orçamento de qualquer administração, em todos os níveis, seja sempre o pagamento aos banqueiros”.

No final do encontro os congressistas aprovaram as teses discutidas nos dois dias e elegeram a nova direção nacional do partido. Em clima de festa, com a participação destacada da juventude do PPL, o encontro foi encerrado ao som do Hino Nacional brasileiro. Após o encerramento do congresso, o atual secretário nacional de organização, reeleito, Miguel Manso, convocou a reunião do novo diretório nacional para eleger a nova comissão executiva nacional do PPL. Foi decidido também, por sugestão de Miguel Manso, que o partido fará um plantão permanente até a decisão final do pleno do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre o registro definitivo do partido, que deverá ocorrer nos próximos dias.

SÉRGIO CRUZ