terça-feira, 4 de outubro de 2011

Um pouco da história do PPL, o novo MR-8

Frente a um auditório lotado, com ativistas provenientes de 19 Estados dos país, Sérgio Rubens de Araújo Torres, eleito presidente do Partido Pátria Livre (PPL), iniciou o ato de lançamento do novo partido brasileiro afirmando que “o que nós desejamos é compartilhar com todas as demais forças políticas e sociais que dão sustentação ao governo do presidente Lula as nossas idéias e propostas para que o Brasil ao invés de mergulhar no abismo da crise, abra as asas e alce vôo sobre ela. É nisso que se concentra o nosso programa. E ele pode ser resumido em quatro pontos básicos: Ampliar o mercado interno. Reduzir os juros. Concentrar os recursos do Estado para financiar a produção das empresas genuinamente nacionais – privadas e estatais. E dar prioridade a elas nas encomendas”.

O lançamento do partido se realizou no Auditório Elis Regina, no Anhembi, em São Paulo, no dia 21 de abril. Durante a primeira parte, os integrantes do Pátria Livre discutiram as propostas de programa e estatuto apresentados pela Comissão Organizadora, que, acrescida de outros integrantes do partido, passou a constituir a Comissão Nacional Provisória. Entre os que dirigirão o Pátria Livre, está Fernando Siqueira, presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobrás (Aepet) e destacado combatente da causa nacional.

O programa aprovado tem a dedicatória: “À memória de Cláudio Campos que nos ensinou a ver que a libertação do Brasil é a questão principal para o avanço das conquistas democráticas e sociais”. Um dos momentos de maior emoção entre os fundadores do Pátria Livre foi a chegada ao ato de Dª Iná Campos, mãe de Cláudio Campos, secretário-geral do MR8, grande pensador e estrategista político que dedicou sua vida a desbravar os caminhos para a conquista da independência e liberdade pelo povo brasileiro e pela Humanidade. Sentia-se no Anhembi que os membros do Pátria Livre estavam profundamente honrados com a presença de Dª Iná, que fez questão de viajar do Rio a São Paulo para comparecer ao ato, apesar das dificuldades naturais de sua idade.

Após o encerramento dos debates e a aprovação dos documentos fundamentais do Pátria Livre, iniciou-se a sessão solene que encerrou os trabalhos, com a presença de várias personalidades e representantes de forças políticas que saudaram a fundação do partido.

“Feliz do país que tem na sua história figuras cívicas como Tiradentes e Zumbi dos Palmares”, disse, em sua intervenção, do alto de seus mais de 80 anos, sintetizando o sentimento dos presentes, o presidente do Congresso Nacional Afro-Brasileiro (CNAB), professor e poeta Eduardo de Oliveira, que se filiou ao novo partido. “Um país que tem esses alicerces em sua alma jamais será batido. O Partido Pátria Livre traz idéias novas que falam do Brasil com orgulho. O programa do partido atende todas as nossas aspirações de nos ver livre desses que venderam as nossas estatais, esses que irão pagar com a pedrada de nossos votos pela traição nacional. Não queremos pedir piedade. Quem pede piedade são os fracos. Nós queremos a luz que é de todos. E temos a autoridade da dor”.

O vice-presidente da República, José Alencar, enviou mensagem de saudação aos membros do Pátria Livre, assim como o secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores, Samuel Pinheiro Guimarães, o ministro do Trabalho e presidente licenciado do PDT, Carlos Lupi, o chefe de Gabinete da Presidência da República, Gilberto Carvalho, o senador Cristovam Buarque, os deputados federais Saraiva Felipe (PMDB-MG), Marcos Rolim (PT-RS), Eliseu Padilha (PMDB-RS), Duarte Nogueira (PSDB-SP) e o deputado estadual Mauri Torres, ex-presidente da Assembléia Legislativa de Minas.

Enviaram mensagens, cumprimentando os participantes do ato pela fundação, Cuauhtémoc Amezcua, presidente do Partido Popular Socialista, do México; Marcos Domich, secretário-geral do Partido Comunista da Bolívia; Fabián Pena, pela Corrente Nacional Martín Fierro, da Argentina; Quim Boix, secretário de Relações Internacionais do Partido Comunista dos Povos da Espanha; Ignácio González, pelo Movimento ao Socialismo, do Paraguai e esteve presente, no ato de encerramento, saudando os filiados, Pietro Alarcón, representando o Partido Comunista da Colômbia.
                                                                                                                                      Valdo Albuquerque & Walter Félix                                                             


“Nós caminharemos juntos, pois somos o fio da história. Somos brasileiros e temos um projeto de Brasil. Nós queremos uma pátria livre, soberana e, acima de tudo, não queremos ser escravos de ninguém”  Therezinha Zerbini do PDT

“O Pátria Livre se forma como um partido que vem de um movimento pela construção de um programa, construção de propostas, hoje materializado no momento mais importante da história da esquerda no mundo. Em 2010 só tem um caminho: um projeto de desenvolvimento nacional, a organização daqueles que querem enterrar o neoliberalismo” Edinho Silva, presidente do PT-SP

“Nosso papel será a garantia de impedirmos a volta do neoliberalismo. Esta é a nossa grande tarefa e o Pátria Livre nasce destas lutas de homens e mulheres que acreditaram nos seus sonhos e os transformaram em realidade” Antonieta (PMDB), prefeita de Guarujá (SP)

“O Pátria Livre tem uma contribuição muito grande a dar ao campo democrático e popular em nosso País. Fazem parte desse núcleo fundador companheiros que marcaram a história do projeto de independência nacional e construção democrática no Brasil. Em nosso país ninguém faz melhor a defesa da soberania e da independência nacional” José Américo, presidente do Diretório Municipal do PT-SP

“Devemos muito a esse conjunto de militantes, pela história de lutas que acumularam e por esse momento de criação desse partido, para fortalecer o governo do presidente Lula, a liberdade do povo brasileiro e a soberania do Brasil” Nilton Lima (PT), ex-prefeito de São Carlos (SP)

“O ato de fundação do Partido Pátria Livre, nesta data histórica de 21 de abril, já está gravado na história das lutas de libertação nacional e social do povo brasileiro” José Reinaldo, secretário de Relações Internacionais do PCdoB

“Tenho muita alegria e muita esperança na criação deste partido. O Pátria Livre será um instrumento importantíssimo nesta luta por um país livre e soberano” Vereador Eliseu Gabriel (PSB-SP)

Fonte: Hora do Povo

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